Prefiro as gargantas profundas,
uma língua que roça outra língua
no emaranhado das palavras úmidas.
sons,
ruídos,
os estalados e os timbres dos segredos.
As salivas faladas – Ah! Aqueles bem dizeres...
O gozo no verbo
que escorre suado no canto da boca
em fricção com o outro e com a sintaxe do corpo.
Uma gargalhada demoníaca,
um sorriso gozado
que se mete e intromete
no colo intocado de cada útero minuto de prazer.
A romper o hímem do mundo
invadir os orifícios escuros-recônditos-indizíveis
até o fundo do osso
das dobras
e curvas das letras
o orgasmo soletrando minha imaginação de fogo,
assim como a grafia
da minha porno-grafia de criança molestada.
maíra & mariana, paraláxicas até o infinito possível.