my conceptual hell.
não há porque falar de sangue, nem de desejo, nem de grito, nem de dor, nem de amor, nem de dúvida, nem de carne, nem de sonhos, nem de mistério, nem de ontem, nem de hoje, nem de amanhã. mamãe, porque você não pega a sua matemática e? pega a geometria não-euclidiana e sai do plano, desse plano seco de vida e enfia a cabeça nessas outras dimensões, que o espaço se deforma proporcionalmente ao tempo que perdemos com nossos gritos mudos nas nossas orelhas surdas. é que os conceitos matemáticos são mesmo uma delícia, a delícia e o conforto da necessidade da verdade de que 2+2 é sempre igual a 4. e a validade universal de um triângulo que para sempre terá três lados. e eu sou uma reta assíntota que assovia e acompanha um violino de cordas paralelas que não se cruzam. um feixe de paralelas que não se cruzam mas são interceptadas por um arco que pode ser perpendicular e formar um ângulo de 90 graus. ou não. e o infinito que existe entre o 1 e o 2 é o mesmo infinito que separa a minha pergunta da sua resposta. são os decimais que nos separam, esses elementozinhos entre eu e você. entre eu e o outro. mas a gente tenta e salta e se segura mesmo no ar, o navio que se ancora nesse espaço cheio de vazio. e essa minha assintoticidade que não demanda nenhuma solução positiva, simplesmente meu nariz não chega onde quer chegar, como se segurassem meus pés com força, talvez alguma outra reta que passa por mim e. voz: não querida, por definição é tender à e não chegar lá! fado, fado, fado. ( a sua necessidade)


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