como uma imigrante.
entre as cartas e e-mails antigos que inevitavelmente fazem escorrer o choro, do que poderia ter sido e não foi, do que foi e não deveria ter sido. concluo atrasada e idiota que simplesmente peguei as reticências que me foram ofertadas e quebrei nas mãos, frias de quase cera.
(prometo que ainda serei a escultora obcecada, ainda que não haja dança alguma para mim.)
Éramos nós, através do seus olhos de chuva:
No sábado
calada
cobri a cabeça
de cinzas
vesti o casaco
e jejuei.
Tomei a minha sina
em 25 mg.
Depois sonhei.
Eu andava
ela andava.
Eu caía
ela caía por cima.
Ficamos ébrias
sujas
rotas.
Vendemos o corpo
as lágrimas
a roupa.
Então nos guardamos
nos quartos mais recônditos
e nos purgamos
até a última gota.
No domingo
levantou-se
banhou-se.
Abriu a janela
e ordenou
venha até aqui.
Eu hesitei
ela disse não tema.
Eu me aproximei
ela me empurrou.
Eu voei.


3 Comments:
não canso de exclamar ~ como vc é linda. Meu único amor virtual.
noossa sem palavras
Apareci, mais amei.
Encontros vão estar na diferença...
Postar um comentário
<< Home