borderline? - não, são as moiras.

não há como manter a dureza
(não quero)
o olhar horizontal
que sai de um olho e entra em outro
como flecha
liberto-me na opção de fechá-los,
como quem fecha as janelas ao frio
do ressentir.
.
prefiro os dedos à sorte
aos dedos na cara
(da sombra ou da morte)
a água molhando-me o rosto
afastando da cara, o tapa
expondo-me ao vento e
ao sopro úmido na noite.
.
simples como
música
sem nenhum arranjo .
.
.
.
.
.
mas o que me redime:
as sementes de anis,
guardadas nos bolsos
dentro dos travesseiros
penduradas num cordão
- por entre a curva dos seios -


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