(Sístole & Diástole) ou (Atrás dos olhos das meninas sérias)

Mais importante que a palavra é a textura - até mesmo porque a palavra (quase) nunca presta.

segunda-feira, outubro 31, 2005

o ser da transparência ------------------------> desvele.

"O texto é a única forma de identificar o sexo e a humanidade de alguém porque, ó poeta estranho, o sexo de alguém, é a sua narrativa. A sua, ou a que o texto conta, no seu lugar. Assim o sexo será como for o lugar do texto.

Quando se deseja alguém, como tu desejas Infausta, e ela deseja Johann, é o seu lugar cénico que se deseja,
os gestos do texto que descreve no espaço
e chamar-lhe
precioso companheiro;
de mim, direi que fui uma vez enviado,
trouxeste a frase que nunca antes leras,
o meu corpo a disse, e não reparaste que ficaste com ela escrita."

Llansol - Lisboaleipzig

4 Comments:

Blogger M. said...

ninguém?

12:09 PM  
Anonymous Anônimo said...

engraçado você ter abandonado sua primeira intenção e transgredido a malícia do texto, pensando que seus leitores são desavisados transeuntes que percorrem desatentos as ruas e as vidas que gritam ao seus sentidos amornados "existo porque me percebes!", "existo porque me percebes!", e ignoramos e corremos mais rápido para tomar caldo de cana na pastelândia, sem suspeitar que nossos respectivos anelos ardem à mínima fricção do poluído e libidinoso vento enfumaçado em nossas roupas, sensitivas de tão naturalizadas, e o caldo de cana gelado desce agourento a garganta pra avariar o que nos resta de civilidade. comunismo sensorial. é impossível não ver. é impossível dormir e sonhar. vimos o oculto. e por isso mesmo não escrevemos. porque vimos o oculto. então porque nos deu luzes se já estávamos habituados às trevas? porque teve compaixão de nossa eterna e atenta desatenção?

não enxergo nem mais meu nome

7:17 PM  
Blogger M. said...

sinto as maças do meu rosto queimando a vergonha e a culpa curvando-me as costas.

retrato-me. desesubestimo-lhes.

uma luz não fica eternamente acesa.

7:47 PM  
Blogger M. said...

também por fidelidade ao horário em que foi postado.
às seis da tarde, da luz que se esconde.

9:44 AM  

Postar um comentário

<< Home