o ser da transparência ------------------------> desvele.
"O texto é a única forma de identificar o sexo e a humanidade de alguém porque, ó poeta estranho, o sexo de alguém, é a sua narrativa. A sua, ou a que o texto conta, no seu lugar. Assim o sexo será como for o lugar do texto.
Quando se deseja alguém, como tu desejas Infausta, e ela deseja Johann, é o seu lugar cénico que se deseja,
os gestos do texto que descreve no espaço
e chamar-lhe
precioso companheiro;
de mim, direi que fui uma vez enviado,
trouxeste a frase que nunca antes leras,
o meu corpo a disse, e não reparaste que ficaste com ela escrita."
Llansol - Lisboaleipzig


4 Comments:
ninguém?
engraçado você ter abandonado sua primeira intenção e transgredido a malícia do texto, pensando que seus leitores são desavisados transeuntes que percorrem desatentos as ruas e as vidas que gritam ao seus sentidos amornados "existo porque me percebes!", "existo porque me percebes!", e ignoramos e corremos mais rápido para tomar caldo de cana na pastelândia, sem suspeitar que nossos respectivos anelos ardem à mínima fricção do poluído e libidinoso vento enfumaçado em nossas roupas, sensitivas de tão naturalizadas, e o caldo de cana gelado desce agourento a garganta pra avariar o que nos resta de civilidade. comunismo sensorial. é impossível não ver. é impossível dormir e sonhar. vimos o oculto. e por isso mesmo não escrevemos. porque vimos o oculto. então porque nos deu luzes se já estávamos habituados às trevas? porque teve compaixão de nossa eterna e atenta desatenção?
não enxergo nem mais meu nome
sinto as maças do meu rosto queimando a vergonha e a culpa curvando-me as costas.
retrato-me. desesubestimo-lhes.
uma luz não fica eternamente acesa.
também por fidelidade ao horário em que foi postado.
às seis da tarde, da luz que se esconde.
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