diálogo de surdos ou diálogo de duas pessoas que acabam de entrar para o saber.
- Quanto tempo! Você sumiu!
- Sumi? Na verdade eu nunca apareci. Criança, se você achar que a realidade é só aquilo que você vê, você está num quarto fechado com dois grandes espelhos.
- Explodiu carne podre, rosa-astral por todas as esquinas, becos, alamedas, pinguelas que ajudavam a passagem de formigas e crianças espelhadas.
- O que se vê por aí correndo no céu e nadando nos ares é sempre aquela frustrante sensação de se afogar, mesmo no alto da mais alta montanha.
- E você, com você não acontece isso não? Formigas vermelhas, cabeçudas que sacodem as antenas em direção às crianças e com as antenas fazem sinais indicando qual o caminho certo para evitar aquela pressão do espelho.
- Sábio, sabão, sabonete, sapólio, todos querendo exterminar o utópico róseo-astral. Quero ver você tentar e não conseguir.
- É que fui e nunca mais voltei de lá. Simples como resolver a questão de Deus ser um e três ao mesmo tempo.


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