do caos ao cosmo, do cosmo ao caos: engano.
pateticamente platônica.
peripateticamente a cabeça (a)baixa. os olhos fecham. a boca cala.
num caminho todo feito de atalhos que se estreitam, o andarilho distrai as feras.
desfere os galhos, pula por sobre as pedras como num jogo da amarelinha. faz o caminho inverso, do céu ao inferno. ao inferno sub-cutâneo, pessoal. um caminho entrecortado, cheio de pausas e distrações servis. circunstâncias que o levam pra longe dali, que são agradecidas/abençoadas/consentidas. mas breve irrompe um grito, outro entre 500, e é preciso voltar a jogar. número 2 --> pisou na linha--> 1 rodada perde a vez-->volte 15 casas.
e volta tentando outra estratégia. dessa vez até o céu, já que percebe o inferno: o próprio caminho: as feras, os galhos, as pedras. "até o céu", diz. faz de um galho uma bengala, faz das pedras amuletos, amansa as feras com restos de comida guardados nos bolsos, as migalhas.
com seu sangue mensal faz pinturas tribais no corpo. que venha a guerra.
"até o céu", diz. é preciso voltar a jogar. a pedra do jogo da amarelinha cai além da inscrição CÉU, ele segue pulando até ali, além do céu. passa pelo inferno, pelos números, pula o céu e. não deveria. as regras eram claras, mas achou que tinha asas. lembrou-se de ícaro.
e volta tentando outra estratégia. lembrou-se de sísifo.
"pode ser que sem céu e inferno", ainda.


4 Comments:
quero falar de ceu e de inferno, caminhos que se interceptam inevitavelmente pra conseguir algo de bom...
kd a maira? nem no neste blog, nem no meu...
=(
vc ta eskivando de mim?
queria falar de ceu e inferno, caminhos desnecessários, extremos limitadores - quando um se opõe necessariamente ao outro - pra se conseguir qualquer coisa. maniqueísmo feio. e bobo.
afirmo e repito:
"dessa vez sem céu e inferno".
miti querida,
se pareci ríspida não considere. é que escrevi rápido demais pra pensar nas impressões.
espere pesoalmente pelas delicadezas.(com algum crime-zinho diluído).
nhá!
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