blue rondo
me dê sodomia ou me dê morte. porque ela não disse isso quando a figura estava distraidamente pedindo cerveja no balcão pra beber inclinando toda a cabeça de modo que a garrafa ficasse perpendicular ao chão? os ângulos me interessam profundamente. e ficava bebendo e fumando compulsiva-esteticamente olhando como uma idiota quando a luz estroboscópica dava licença e os corpos quentes e desavisados permitiam passagem. passagem pro outro lado, o lado de lá que eu observo de longe e que me faz querer muito os morangos(os mamilos). o meu está ocupado por quem não sabe que está cravando as unhas numa mistura agridoce se for pra dar sabor às discrepâncias. o meu mamilo ferido que pingava fel e que não mais não mais. sobre os olhos e a premonição que não pode deixar de ser, é e mais nada. sobre tontura e fulminar-se e desabar eu me rendo. abro os braços. as pernas - num despudor que só. desde que me venham em plumas e algemas, cheirando a uma certa libertinagem orgânica ou pérolas embaraçadas nos cabelos claros ou narizes convidativos. desde que sempre me traga um cheiro -mentira - mesmo que não me traga nada e tudo o que tenha sejam artifícios, ainda sim eu ar e água e fogo do jeito que sou, darei boa noite e mandarei entrar. mas por favor, dê-me um gole de insegurança junto a um bilhete de entrada, um convite, que eu crio coragem e digo o que mais quero nessa vida, nesse instante: meianoite-me.


1 Comments:
p-e-r-f-e-i-t-o
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